top of page

TRATAMENTO

  Perante a suspeita de intoxicação por Flakka, o utilizador deverá ser imediatamente acompanhado por uma equipa médica. No hospital, e após a confirmação laboratorial da presença desta droga no sangue, o doente deverá ser internado, no sentido de controlar a agitação, os comportamentos bizarros e todos os sinais que advém do uso deste poderoso psicoestimulamanteEmbora a maioria responda bem ao tratamento, o processo de desintoxicação é longo e é possível que o doente nunca recupere totalmente as funções cognitivas na sua plenitude, dependendo da quantidade consumida, da via de administração a que recorreu, assim como do seu próprio metabolismo, que está diretamente relacionado com a idade, a condição física e a presença de outras co-morbilidades (como por exemplo, doenças crónicas) [1].

 

  Assim, o mais importante será hospitalizar o utilizador para que os sintomas possam ser controlados e para assegurar que a desintoxicação será feita sem interrupções. O tratamento não é específico para esta droga, pelo que passa apenas pela administração intravenosa de uma solução de hidrataçãoadminsitração de benzodiapezinas e antipsicóticos, para controlar a euforia e os comportamentos paranóicos e bizarros [1].

  No entanto, um estudo recente mostrou que a vacinação ativa de ratos com vacinas conjugadas dirigidas contra α-PVP e MDPV, foi bem sucedida numa resposta de anticorpos, robusta e específica, contra ambas as drogas. Os anticorpos circulantes atuaram efetivamente como "imuno-antagonistas", atenuando a estimulação locomotora causada por cada fármaco, disrupção termorregulatória causada por MDPV e auto-administração de α-PVP. Ao ser demonstrada a eficácia das vacinas de α-PVP-KLH e MDPV-KLH abrem-se novas portas para a investigação em imunofarmacoterapia para drogas da família das catinonas sintéticas [2].

REFERÊNCIAS:

[1] Crespi C (2016) Case Report: Flakka-Induced Prolonged Psychosis. Case Reports in Psychiatry 2016:1-2

[2] Nguyen, J. D., Bremer, P. T., Ducime, A., Creehan, K. M., Kisby, B. R., Taffe, M. A., Janda, K. D., et al. (2017). "Active vaccination attenuates the psychostimulant effects of alpha-PVP and MDPV in rats." Neuropharmacology 116: 1-8.

bottom of page